Acesse o post 1 aqui, o 2 aqui e o 3 aqui.
Post 4 de 5.
A cobertura midiática e a divisão do movimento
A grande mídia fazia questão de frisar que um “grupo pequeno de
vândalos” , destoante da manifestação, estava
destruindo a cidade, patrimônio público, e que o dinheiro da reconstrução
sairia do bolso de todos nós. A necessidade de deixar claro que eram dois
grupos diferentes, com objetivos diferentes e em protestos diferentes tinha,
obviamente uma única razão: rachar o movimento.
Deixar
o movimento pacífico e passivo ter força, agregar pessoas, enquanto aqueles
considerados radicais, e depois denominados “punks” seriam cada vez mais
afastados, xingados, condenados... Presos. Eu era uma das punks então? Porque
eu estava na ALERJ. Não coloquei fogo em nada, é verdade, mas fui uma das vozes
que entoou todos aqueles gritos; uma das pessoas a fazer o cordão de
resistência que barrou a PM; uma das vândalas que portava vinagre, máscara,
óculos de proteção. E eu via que todo aquele discurso estava sendo comprado, na
fala de manifestantes que são tão do povo quanto os “punks”, que querem as
mesmas coisas que os “punks”, mas que não percebem quem é o verdadeiro vândalo
da história.
O facebook
tem papel tão importante nessa onda de manifestações que ele chegou a ficar
fora do ar por alguns minutos. E foi desesperador. Tenho certeza que muitos se
perguntaram como saberiam as informações dos próximos atos sem ele. Mais do que
isso, como se informariam sobre todas as manifestações pelo Brasil sem ele.
Além disso, grupos foram organizados para ajudar o movimento, como o HabeasCorpus RJ, cujo
objetivo era dar auxílio jurídico àqueles que fossem presos durante os atos.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Fale você também ;)